Não parece tanto tempo, mas há dez anos o hit A Dor Desse Amor, do KLB, estourava nas rádios de todo o País. De lá pra cá, Kiko, Leandro e Bruno lançaram nove discos, entre eles, uma coletânea e um ao vivo.
Em dez anos de carreira, algumas coisas mudaram para o KLB. Quando começaram eram uma banda adolescente, Bruno, o mais novo, tinha idade ainda para estar no colégio. Hoje, Kiko, o mais velho, já dá sinais da idade e mostrou que alguns cabelos já caíram.
Atualmente, mais do que música, Kiko e Leandro estão levando a sério suas campanhas para o poder legislativo: Kiko concorre para deputado federal e Leandro para estadual. Enquanto estão em campanha, pensam no próximo disco de inéditas e num DVD comemorando 10 anos de carreira, que devem ser lançados simultaneamente. Kiko, Leandro e Bruno falaram sobre os planos musicais com exclusividade ao Terra.
Como é gravar um CD de inéditas e DVD de dez anos de carreira ao mesmo tempo?
Kiko: O CD com as inéditas não pode ficar de fora da gravação do DVD. Assim, a ideia é fazer como foi feito em 2002. Uma pessoa da equipe mostrou três ou quatro músicas para o público, que na gravação do DVD já sabia cantá-las.
Leandro: Essas músicas foram colocadas para dar ao DVD uma longevidade muito maior. Não posso lançar um DVD que já seja velho. Algumas do DVD serão novas, mas a ideia é mostrar do primeiro sucesso até o último, e mais algumas músicas novas. Não fazer uma música ser sucesso antes dela se tornar um sucesso de verdade. É mostrar essa canção ao público para as pessoas cantarem com a gente.
Vocês disseram que vão gravar o DVD em São Paulo? Já sabem onde?
Kiko: Já tivemos proposta de gravar no Theatro Municipal, na Sala São Paulo, na Praça Julio Prestes, onde acontecem eventos, mas ainda não decidimos. Gostaríamos de fazer em um local aberto e com uma coisa diferente, que é mostrar pontos turísticos da cidade.
Bruno: Na ponte que eu mandei construir, a Estaiada. (risos)
Kiko: Tem a Praça da República, o Parque do Ibirapuera… Nossa, tem tanta coisa.
O Bruno disse que cuida das coisas do KLB enquanto Kiko e Leandro estão em campanha. Sério?
Kiko: Sim, mas tudo sob minha coordenação!
O que significa dez anos de carreira pro KLB?
Leandro: Fazer um trabalho sério num País fonograficamente falido, vender mais de 4,5 milhões de cópias, recordes em capas de revista, em execuções em rádios e em número de fã-clubes. Chegar aos dez anos de carreira é um dos maiores privilégios que um artista pode ter. Claro que eu quero fazer 20, 30, 40 anos de carreira, mas quando eu fiz um ano já comemorei, por ter um carinho gratuito do público. Hoje em dia, você dá aqui pra receber ali. Não existe mais essa coisa do carinho espontâneo, de alguém simplesmente gostar. E a gente chegou a mais de uma década de sucesso, de reconhecimento de coisas boas, de fazer música, de bater vários recordes em várias ocasiões.
Kiko: Eu cansei de ver artistas que acabaram de começar falando que tem 25 anos de carreira porque começou a cantar na Igreja quando tinha 6 anos de idade. Você conta tempo de carreira a partir do momento que começa a fazer sucesso, quando o povo começa a te conhecer. Ou eu posso falar que tenho 26, porque comecei a tocar violão com 4, 5 anos de idade. O que foi antes não é desmerecido, é bagagem. Mas quando perguntam tempo de carreira, é tempo de sucesso. Quando a gente fala 10 anos, são 10 anos da primeira música, A Dor Desse Amor.
O que o KLB ouve?
Leandro: Trilhas da Disney (Bruno mostra a tatuagem com o logotipo da Disney nas costas)
Kiko: Eagles, Beatles, Earth, Wind & Fire, música sertaneja de raiz, Tião Carreiro e Pardinho. O que tem por aí é música romântica. Eu ouço moda de viola.
Leandro: Eu ouço country music, sou apaixonado por Allan Jackson, por exemplo.
Mas isso é influência que vem de fora, por vocês morarem lá?
Kiko e Leandro: Não. Isso é anterior. A música country é a mãe de todas as músicas. O rock é a fusão do country e do blues. Do country saem os afluentes, que são o rock, o jazz, o sertanejo, tudo o que existe, capisce?
Fonte: Terra Música
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